Rádio Marginal

13/08/12

Alguma História

Só para algum conhecimento e para que não nos fiquemos pela consciência ou maledicência venho aqui repetir o que todos devia-mos saber. Ora bem... LUSOS porquê? Se calhar já muitos de nós se perguntaram (ou não) sobre a Lusitânia e seus Lusos. E poucos sabem. Aqui vai e nunca vai tarde. Já Camões (gosto mesmo deste gajo!!) o sabia e há muitos séculos.

 Esta foi Lusitânia, derivada
 De Luso, ou Lisa, que de Baco antigo
 Filhos foram, parece, ou companheiros,
 E nela então os Íncolas primeiros.”

 — Luís Vaz de Camões, 
Os Lusíadas, estrofe 22 do Canto III 

Da Mitologia

Actualmente pensa-se que a suposta existência do personagem mitológico Luso deriva de um erro de tradução da expressão «lusum enim Liberi patris», na obra Naturalis Historia de Plínio, o Velho. O erro terá sido a interpretação da palavra lusum ou lusus como nome próprio, em vez de um simples substantivo que significa jogo.
Numa tradução livre desta obra: «M. Varro informa-nos que (...) o nome "Lusitânia" deriva dos jogos (lusus) do Padre Baco, ou da fúria (lyssa) dos seus acólitos frenéticos, e que era o governador de toda a região. Mas as tradições respeitantes a Hércules e Pirene, bem como Saturno, parecem-me absolutas fábulas.» [1]
Isto teria sido lido por André de Resende como «(...) o nome "Lusitânia" deriva de Luso do Padre (mestre ou pai) Baco (...)», e portanto foi interpretado que Luso seria um companheiro ou um filho do furioso deus. É esta a leitura que se vê na estrofe 22 do Canto III d'Os Lusíadas de Camões.
Segundo a mitologia romana, Baco teria sido o conquistador da região. Plutarco, segundo o 12.º livro da Iberica do autor espanhol Sóstenes[2], diz que:
«Depois de Baco ter conquistado a Ibéria, deixou a governar como seu representante, que deu o seu nome à região, chamando-a de Pania, que por corruptela se tornou em Hispânia.»
A expressão grega lyssa significará "fúria frenética" ou "loucura", típicas de Baco/Dioniso. No entanto, estas etimologias parecem ser pouco confiáveis.[1]

E tal como ali se afirma, estas etimologias parecendo não ser de todo confiáveis a mim me chega a palavra do nosso Camões e preferir do Baco antigo "filho ser". Agradecido.
E também havia quem disse-se que beber do tinto era dar de comer a um milhão. Ou do branco. Escolham. Não me escolham é os momentos e as amizades.

1 comentário:

Anónimo disse...
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