Carta Aberta ao Mestre Roberto Nobre Bandarra

CARTA ABERTA AO MESTRE ROBERTO NOBRE BANDARRA.

Mestre Roberto, aqui me encontro a escrever-te e sei que o meu pensamento está em sintonia com o teu, acredito mesmo que estejas mesmo ao meu lado, apenas um véu de seda nos separa... tu desse lado e eu ainda continuando neste mundo de "expiacões"... lutando com a FORÇA FÉRREA que sempre incutias a todos os que conviveram contigo, seguindo o teu exemplo. Sei que este email certamente será lido por muitos antigos alunos Salesianos.
Não queria alongar por muito tempo o que aqui tenho para descrever. Apenas gostaria de reafirmar se houve alguém que conviveu contigo lado a lado, esse alguém COMO SABES, FUI EU. Vou recordando e por instantes, recordar momentos vividos... ainda eras um jovem solteiro. Lembro-me quando começas-te a namorar a tua esposa que ajudava as freiras do colégio MARIA AUXILIADORA, também na Namaacha. Compraste um carrinho "Skoda", depois nasceu o teu filho BETO que era um amor de criança. Foste meu professor de trabalhos manuais, consegui e a muito custo fazer em madeira a tal 'ETIQUETA" que era um bicho de sete cabeças. Depois entrei na carpintaria onde estivemos juntos quatro anos e onde terminei o curso de carpinteiro marceneiro. No final do curso ja só estava eu e o Fernando Romano do Nascimento. Lembro-me que fizemos a mobilia de quarto e sala de jantar de um antigo aluno que casou que se chamava Ribeiro. Tocámos juntos na banda... eu tocava clarinete e tu saxofone baritono. No teatro entramos JUNTOS NA PEÇA MARCOS O PESCADOR. Eu como era o "rouxinol" do colégio, fiz o papel de TROVADOR (fartei-me de cantar nessa peça), tu eras e Marcos e o irmão Vilela fazia de diabo... relembrando os professores que connosco conviviam, o PADRE DIRECTOR CARLOS DA SILVA REIS, PADRE NUNO DOS SANTOS AFONSO, PADRE MIGUEL, PADRE AIRES, PADRE FONSECA, PADRE LEITE, OS IRMÃOS, DUARTE, MANUEL, SOBROSA, JOÃO AUGUSTO BARRETO, PINTO, PRUDÊNCIO E O IRMÃO MATIAS. O mestre da mecânica era o ESPANHOL. Alguns nomes de alunos dessa altura era o Vasquinho, os Noronhas, Estrela, os irmãos Carlos, António e Braga Borges, o Amilcar, Rafael, Beça, Romano, Irmãos Samugudos, Quinhones, Valente grande (meu irmão) Calaveiras, Candido (perna marota), Luciano Fontinha, Irmãos Zecas (pequeno e grande), Fernando Calaveiras, o Silva (bicho), o Timotie, o Albano, etc. etc. etc. Tinha algumas admiradoras que no domingo vinham assistir a Missa ao Colégio. Nos dias de festa, cantava a AVÉ MARIA... diziam-me que havia pessoas idosas que choravam... era soprano... e tinha orgulho de possuir semelhante voz... bem vou terminar esta pequena carta.
Amigo Roberto, sabes muito bem que continuas no meio de nós... Cumpriste a tua missão, fizeste o teu melhor, sempre foste uma pessoa dinâmica, tinhas Jesus contigo, sei que onde te encontras que ESTÁS BEM.

RECEBE UM ABRAÇO ESPIRITUAL E UM ATÉ LOGO!


orlando rodrigues valente