Luis Vieira, mais duas com história

Luis Vieira - 8 anos

Eu cresci numa zona meio desertificada, chamada Língamo, entre 1953 e 1959. Existiam apenas a fábrica de cimentos, a de cortumes, a das malas, e a Sonarep. Vivendas distânciadas umas das outras. Eu brincava com nativos da zona e aprendi a conviver com o modo de vida deles. Saí desta zona aquando dos acontecimentos do 7 de Setembro, embora estivesse na tropa na cidade da Beira, mas tive que convencer os meus 'velhotes'.
Bom, moral da história (eu ainda escrevo com H). Aprendi a dançar o Batuque, a dança guerreira. Já no IMA, no ano 60/61, na 2ª classe, depois do intervalo grande a seguir ao almoço, tinha-mos 2 horas de aula, onde na 1ª dormia-mos e na 2ª aprendia-mos a tabuada a cantar. Eu já tinha a malandrice no corpinho de 8 anos (foto anexa). Fui dar show de batucada, para o palco e o Prof Pinto, zumbou no caneco. Até chamaram os meus velhotes.
E assim se contam as 'maroscas'. Tudo tinha o seu espaço, a sua hora.
Como podia aprender a patinar se não tinha cu para bater no chão...

Voltando ao nosso cantinho, pergunto aos Namaachenses (e esta hem?)
Lembram-se dos concursos na Rádio em que participava-mos? Trocava-mos correspondência
para sermos premiados, e ir ao Rádio Clube? Estão esquecidos dessas brincadeiras sérias?
Ora então vejam aqui e identifiquem-se, pois eu estou 'cocuana', e não me encontro no meio de tanto 'puto'.
Onde é que eu estou?
Onde é que tu estás?
E tu?
Bom puzzle!!!
Sei que ganhei um prémiozito, e fiquei bué contente.
Naquele Mouzinho havia de tudo. Até machamba fazia-mos. Tenho muitas e boas para vos lembrar. Com o tempo verão.